23:16

Sinto a paz que abrange a terra,
enchendo sonhos de barreiras,
tornando impossível o despertar de um sonho,
que nos faz retornar em momentos de paz,
trazida pela imensidão do céu.
Aos poucos os dias não têm mais a alegria
que sentia em seus olhos,
através dos olhos que pedem e
não se dão conta da fábula
acendendo a lua da noite,
como a gota de uma lágrima
dividida pelas horas iguais
do ilusório mundo que desfaz arranha-céus
escondendo-se quando a dor se inicia,
correndo pela estrada que sopra através do vento
o alívio do fim de um beijo sem amor,
das lembranças de alguém
que não se pode inventar.
Dentro de um mar cheio de hipocrisia,
trazendo o grito da ilusão de amor
que pode estar dentro de nós
correndo com a liberdade que se liberta,
cultivando um fio de esperança
como um amuleto que não se vê.
Porque algum dia novamente acabará
e não se poderá inventar desculpas
para mais uma traição
da própria vida
ferida...


Rodrigo Cavallari

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